A cirurgia da vesícula biliar mais comum é a colecistectomia, que consiste na cirurgia para retirada da vesícula biliar.
A vesícula biliar possui a função de armazenar a bile produzida no fígado. A bile consiste em um líquido importante para a digestão e absorção de gorduras e vitaminas provenientes da alimentação. A ejeção da bile no intestino é realizada na porção do duodeno, região próxima do estômago.
A cirurgia da vesícula biliar é indicada na presença de pedras na vesícula e/ou inflamação da mesma, assim como na presença de neoplasias. Essas informações podem ser detectadas em exames laboratoriais e de imagem.
A indicação de cirurgia da vesícula biliar em um paciente com cálculos biliares, ou seja, pedra na vesícula, depende da avaliação de fatores, como:
Além destes fatores, pacientes com cálculos volumosos (> 3 cm de diâmetro) e aqueles com cálculos na vesícula biliar que possuem alguma anomalia congênita podem ter indicação de realização de cirurgia da vesícula biliar.
A suspeita ou confirmação de colecistite aguda complicada, envolvendo empiema, colecistite enfisematosa ou perfuração, indica a necessidade de cirurgia da vesícula biliar (colecistectomia) ou colecistostomia urgente (emergencial).
Já para aqueles pacientes com colecistite aguda sem complicações, pode-se indicar cirurgia da vesícula biliar (colecistectomia) laparoscópica eletiva precoce, ou seja, nas primeiras 48 a 72 horas depois do diagnóstico.
Para as neoplasias da vesícula biliar, o tratamento cirúrgico é o único curativo. O objetivo é retirar completamente o tumor, porém, em menos da metade dos casos isso é possível.
Nesses casos, a realização da cirurgia da vesícula biliar por via aberta é melhor do que por via laparoscópica (vídeo), pois permite a visualização e retirada de possíveis tecidos tumorais. NÃO É MAIS VERDADE!!!!!!!! RETIRAR ESTE TEXTO
Os tratamentos cirúrgicos de escolha podem variar desde colecistectomia simples até colecistectomia ampliada ou colecistectomia radical.
A cirurgia da vesícula biliar pode ser realizada por dois principais meios: cirurgia aberta ou cirurgia por vídeo. Nas duas opções, o paciente necessita estar sob anestesia geral. Em pacientes sem complicações, geralmente a permanência hospitalar é de 1 a 2 dias. Porém, em casos mais delicados, pode ser necessário mais tempo para uma boa recuperação.
A cirurgia aberta (laparotomia) é realizada por meio de um corte no abdome na região superior direita para retirada da vesícula. Nesse caso, como é uma cirurgia mais invasiva, o tempo de recuperação é maior e a cicatriz fica mais marcada.
Já na cirurgia por vídeo (laparoscópica), são realizados pequenos cortes no abdome para inserção dos materiais, como pinças e câmera, para realização da cirurgia. Nessa condição, o paciente possui um menor tempo de recuperação e as cicatrizes são pequenas.
Além disso, a incapacidade do paciente após o procedimento é mínima e o custo é reduzido. Por isso, consiste no procedimento de escolha para a maioria dos pacientes que necessitam de uma colecistectomia eletiva.
Estudos sobre a colecistectomia laparoscópica demonstram que:
As possíveis complicações da colecistectomia são distúrbios pulmonares, formação de abscesso, hemorragia externa ou interna, fístula enterobiliar e extravasamentos de bile.
Icterícia também pode ocorrer por absorção de bile de um acúmulo no abdome após extravasamento biliar ou obstrução do ducto colédoco por cálculos retidos, coágulos sanguíneos ou compressão extrínseca.
Apesar das possíveis complicações, a cirurgia da vesícula biliar consiste em uma cirurgia capaz de gerar alívio total ou parcial dos sintomas em até 90% dos pacientes, sendo, portanto, considerada resolutiva e sua realização por vídeo sem necessidade de abertura do abdômen constitui hoje o padrão ouro desta operação.
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