A lactose consiste em um carboidrato presente no leite formado por glicose e galactose. A enzima lactase é a responsável por digerir a lactose por meio da hidrólise.
A intolerância à lactose ocorre quando há a deficiência da lactase, o que ocasiona má digestão da lactose. Essa deficiência pode ter origens genéticas ou surgir devido a doenças que afetam o intestino, como a doença celíaca.
A intolerância à lactose pode ser identificada por meio de diversos exames, como:
As indicações do exame genético incluem diarreia intensa, hidrogênio basal alto, diabéticos e se for de preferência do paciente. Porém, os resultados podem não corresponder à situação clínica atual do paciente, principalmente em crianças e adolescentes.
A tolerância à lactose por curva glicêmica consiste em uma técnica simples, mas apresenta algumas desvantagens como a dose de lactose alta, que pode acabar gerando sintomas durante o exame, além de necessitar de três coletas de sangue em 1 hora, o que pode ser traumático para crianças.
Já o Quick Test necessita de endoscopia para ser realizado, pois necessita coletar um fragmento intestinal de 2mm. O resultado pode ser analisado em 20 minutos após a coleta.
O Teste Respiratório com Hidrogênio Expirado tem sido usado como padrão para detectar a intolerância à lactose. Falaremos com mais detalhes a seguir.
O teste respiratório de intolerância à lactose é realizado com a ingestão de 50 gramas de lactose (quantidade presente em 1 litro de leite) dissolvidas em 100 a 500 ml de água.
Antes da ingestão dessa mistura, a concentração de hidrogênio expirado é mensurada para se ter um controle basal. Após a ingestão, realiza-se novas mensurações a cada 15 a 30 minutos por quatro horas.
Caso seja detectado um aumento maior que 20 ppm (partes por milhão) do valor do hidrogênio expirado basal após análise de duas amostras respiratórias, o teste respiratório indica má absorção da lactose.
Essa mesma sequência pode ser realizada com doses seriadas de glicose. Caso haja elevações menores que 20 mg/dl da glicose sérica, indica-se teste positivo para intolerância à lactose.
O mesmo teste respiratório pode ser utilizado na avaliação da intolerância a outros dissacarídeos, devendo-se alterar apenas o componente a ser analisado.
Os fatores que podem alterar o resultado do Teste Respiratório para Intolerância à Lactose e precisam ser tratados com atenção são:
Esses fatores fazem com que possa ocorrer saturação das bactérias em fermentar as substâncias, acidificação do pH intestinal e diminuição da atividade bacteriana no cólon, o que poderia gerar testes falso-negativos.
Além disso, os pacientes devem evitar o tabagismo e a realização de atividades físicas no dia anterior ao teste, pois essas atividades aumentam os níveis de hidrogênio expirado, o que poderia gerar testes falso-positivos.
Na GASTROMED Instituto Zilberstein este exame é realizado com segurança e conforto para o paciente