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O que são os tumores do fígado?

Os tumores do fígado vêm sendo identificados cada vez mais com os avanços dos exames de imagem. 

Os tumores do fígado podem ser benignos ou malignos (câncer). Os tumores benignos, no geral, são indolentes, mas podem causar complicações. Já os tumores malignos possuem um prognóstico ruim, principalmente se identificados em estágio avançado, por isso a importância de rastreá-los em pessoas com fatores de risco.

A realização de um ultrassom abdominal pode identificar e classificar nódulos hepáticos em único ou múltiplos, sólidos e císticos, o que contribui para a investigação e posterior escolha do tratamento para esses tumores do fígado. Além disso, na presença de alterações, outros exames também devem ser solicitados para uma análise mais criteriosa.

Em geral, pacientes que não possuem história de doenças do fígado ou outros tumores, um achado incidental em um exame de rotina, por exemplo, pode indicar cistos, hemangiomas e hiperplasia nodular focal, que são alterações benignas.

Porém, pacientes que já possuem história de doenças crônicas do fígado, a identificação de um nódulo liga um alerta para a investigação de carcinoma hepatocelular, que falaremos adiante.

Tumores malignos do fígado: o Carcinoma Hepatocelular

O carcinoma hepatocelular (CHC) consiste em um tumor do fígado responsável por cerca de 500 mil mortes por ano no mundo, sendo atualmente a quinta causa de morte por tumores sólidos.

Mas o que causa o carcinoma hepatocelular?

Cirrose hepática

Entre as suas causas, destaca-se a cirrose hepática, visto que a maioria dos pacientes com CHC no mundo possuem cirrose hepática subjacente. A causa da cirrose hepática está associada com infecção crônica pelo vírus da hepatite C em 70% dos casos.

Hepatite C 

Estudos ao redor do mundo demonstram grande associação dos casos de CHC com infecção pelo vírus da hepatite C, que predispõe ao desenvolvimento de cirrose hepática. Em São Paulo, a maioria dos casos de CHC ocorre por essa etiologia.

Hepatite B 

Além da hepatite C, diversos estudos demonstraram forte relação da infecção pelo vírus da hepatite B com o carcinoma hepatocelular. 

Álcool 

A exposição crônica ao álcool está associada ao risco aumentado para o desenvolvimento de diversos tumores malignos. A quantidade de álcool ingerida está diretamente relacionada com o desenvolvimento de cirrose hepática, causa importante de CHC.

Outros

Outros agentes conhecidos associados ao desenvolvimento de CHC são a aflatoxina, a hemocromatose hereditária, a cirrose biliar primária e, mais recentemente, o diabetes mellitus.

Quais as opções de tratamento do carcinoma hepatocelular?

As chances de cura dos tumores do fígado por meio das diversas opções de tratamento dependem das condições do paciente, da opção de tratamento escolhida e da experiência do centro em que foi realizada.

Além da ressecção cirúrgica e do transplante hepático, novas tecnologias vêm sendo desenvolvidas para o tratamento dos tumores do fígado, veja a seguir.

Destruição não cirúrgica dos tumores do fígado

Terapias ablativas locais 

As terapias ablativas locais para o tratamento dos tumores do fígado consistem em:

Falaremos das duas primeiras formas de  terapias ablativas locais, visto que são mais documentadas e utilizadas.

A injeção percutânea de etanol consiste na injeção de álcool absoluto dentro do tumor por agulha fina guiada por ultrassom. A extensão da destruição do tumor induzida pela infiltração do componente depende do tamanho da lesão.

Já a ablação por radiofrequência apresenta a vantagem de necessitar de um menor número de aplicações e na geração de uma área de destruição do tumor mais uniforme. Porém, quando as lesões estão situadas próximas de grandes vasos, vias biliares e vísceras, a ablação por radiofrequência é menos eficaz.

Quimioembolização 

O CHC consiste em um tumor hipervascularizado suprido principalmente pela artéria hepática. A quimioembolização transarterial (TACE) para o tratamento dos tumores do fígado é um procedimento realizado que visa a interrupção do suprimento sanguíneo do tumor pela embolização da artéria hepática associada a quimioterapia pela infusão de drogas citotóxicas nessa artéria, que direciona o medicamento ao tumor pelo fluxo sanguíneo.

Terapia sistêmica 

A única terapia sistêmica molecular para o tratamento dos tumores do fígado que se mostrou efetiva em aumentar a sobrevida dos pacientes com CHC avançado foi o tosilato de sorafenibe, que atua por meio da inibição da angiogênese e da proliferação celular.

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