A constipação intestinal consiste na redução do número de evacuações (no geral, menos de 3 vezes por semana) associada a outros sintomas como sensação de evacuação incompleta, necessidade de realizar esforço para evacuar, fezes ressecadas ou necessidade de auxílio manual para evacuar.
Em torno de 12 a 19% da população americana possui constipação intestinal, segundo estudos. Porém, como grande parte das pessoas que sofre de constipação intestinal, geralmente não procura ou demora a procurar atendimento médico, estima-se que esses percentuais sejam maiores.
A constipação intestinal pode ocorrer devido ao uso de medicamentos, devido a alguma doença ou ainda de forma isolada, ou seja, sem ter relação com esses outros fatores.
Quando não há uma causa aparente da constipação intestinal, esta pode ser considerada como isolada. Pacientes com esse tipo de constipação podem apresentar trânsito intestinal normal, ou ainda possuir trânsito intestinal lento ou dissinergia pélvica, que consiste em uma limitação ou incapacidade de movimentar a musculatura da região anal.
Já as causas secundárias da constipação intestinal, ou seja, doenças que podem causar esses sintomas, consistem em:
Na investigação da constipação intestinal, deve-se pesquisar sintomas de constipação, dor ou desconforto abdominal, repressão do reflexo evacuatório, uso de laxativos, hábitos de alimentação e uso de medicamentos.
Outras informações importantes na avaliação da constipação intestinal são os antecedentes obstétricos, pois alguns tipos de parto podem gerar danos ao assoalho pélvico e aos músculos da região.
Mudanças alimentares e fatores emocionais e psíquicos devem ser abordados com atenção pelos profissionais da saúde na avaliação da constipação intestinal, pois podem envolver fatores delicados para o paciente, como abusos e depressão.
Além destes, alguns sinais e sintomas de alarme associados à constipação intestinal não podem deixar de ser questionados pelo médico, como:
Se presentes, esses sinais e sintomas deverão ser investigados para esclarecimento de sua origem e gravidade.
No exame físico, deve-se analisar sintomas de patologias que possam causar constipação intestinal. Além disso, o exame neurológico é muito importante para descartar lesões centrais e medulares.
Possíveis achados durante o exame físico de um paciente com constipação intestinal são:
A solicitação de exames complementares na avaliação da constipação intestinal deve ser realizada com cautela, visto a indicação de cada teste e as consequências de seus resultados no tratamento de escolha.
O tratamento da constipação intestinal consiste em mudança de hábitos alimentares e comportamentais associados ao uso de medicamentos.
Se durante a avaliação tiverem sido identificados medicamentos ou patologias como causadores da constipação intestinal, deve-se realizar o tratamento das mesmas e/ou a retirada da medicação, além de analisar a necessidade de substituição da mesma.
Assim, em suma, as medidas para controle inicial da constipação intestinal incluem:
Se com essas medidas a constipação intestinal não for resolvida, pode-se associar o uso de medicamentos. Há diversos tipos de medicamentos laxativos que podem vir a ser prescritos, sendo as suas classes:
As mudanças no estilo de vida, principalmente associadas à alimentação e estilo de vida são muito importantes no controle da constipação intestinal. Invista nesses métodos, mas se seu caso precisar de mais uma ajuda, procure seu médico! O uso de alguns medicamentos para constipação intestinal pode facilitar a sua adaptação a novos hábitos e contribuir para seu bem-estar!
