A cirurgia bariátrica consiste em um conjunto de abordagens cirúrgicas utilizadas no tratamento da obesidade mórbida que não respondeu ao tratamento com mudança no estilo de vida e uso de medicamentos.
O tratamento cirúrgico para obesidade, a cirurgia bariátrica, se mostrou eficaz por gerar perda de peso no longo prazo e benefícios como melhoria das doenças associadas e aumento da expectativa de vida.
Os fatores associados ao reganho de peso após cirurgia bariátrica são a alta ingestão calórica, falta de acompanhamento com profissionais de saúde, sedentarismo e o rápido esvaziamento gástrico, sendo que esse último pode ser causado pela presença de dilatações da anastomose gastrointestinal, que estimulam a ingestão alimentar.
Espera-se, normalmente, que os indivíduos submetidos à cirurgia bariátrica tenham um reganho de até 10% do peso mínimo após a cirurgia depois de 2 anos ou mais do procedimento, com dilatação da anastomose maior que 20mm. Quando este reganho é maior, há às vezes necessidade de readequar a operação.
Esses pacientes devem ser questionados detalhadamente pela equipe multidisciplinar para se criar hipóteses de possíveis causas do reganho de peso. Assim como devem ser estimulados à dieta, exercício físico e acompanhamento psicológico. Exames laboratoriais e de imagem também podem ser solicitados, se necessário.
O aumento da realização de cirurgia bariátrica também acarreta no crescimento da necessidade da realização de cirurgias revisionais. Esses procedimentos são realizados após a cirurgia bariátrica para correção de alguma alteração que se desenvolveu e ocasionou surgimento de patologias e/ou reganho de peso, sendo este último a causa mais comum para a realização da cirurgia revisional.
No geral, durante a cirurgia revisional se indica a realização da conversão da técnica para o uso de bypass gástrico em Y de Roux (BGYR). Porém, terapias endoscópicas com uso de agentes esclerosantes e dispositivos de sutura e plicatura estão sendo mais utilizadas devido ao seu baixo risco cirúrgico.
No geral, as terapias endoscópicas são utilizadas em associação à mudança do estilo de vida do paciente, incluindo dieta, exercício físico e alteração de comportamento, destacando-se a equipe multidisciplinar neste processo, ressaltando, dessa forma, ainda mais a importância dessas abordagens. Estudos de acompanhamento são necessários para avaliação dos resultados em longo prazo.
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