A cirurgia bariátrica consiste em um conjunto de abordagens cirúrgicas utilizadas no tratamento da obesidade mórbida que não respondeu ao tratamento com mudança no estilo de vida e uso de medicamentos.
O tratamento cirúrgico para obesidade, a cirurgia bariátrica, se mostrou eficaz por gerar perda de peso no longo prazo e benefícios como melhoria das doenças associadas e aumento da expectativa de vida.
As indicações de cirurgia bariátrica do National Institutes of Health (NIH) definem que os pacientes que podem ser considerados aptos a realização da cirurgia são aqueles que possuem:
Os objetivos da cirurgia bariátrica consistem em:
Além destes mecanismos, a cirurgia bariátrica também pode envolver alterações em vias metabólicas e hormonais e outros processos que visam a modulação do apetite e a ingestão de alimentos.
Cada um dos tipos de procedimentos de cirurgia bariátrica possuem resultados esperados e possíveis complicações diferentes.
A escolha da técnica a ser utilizada na cirurgia bariátrica depende dos seguintes fatores, considerando seus benefícios e riscos:
A maioria dos pacientes que realizam cirurgia bariátrica possuem sucesso com o procedimento, revertendo muitas comorbidades. Porém, há risco significativo de complicações pós-operatórias.
Os índices de complicações pós-operatórias na cirurgia bariátrica vêm diminuindo devido ao treinamento das equipes, desenvolvimento de equipamentos precisos, videocirurgia e o surgimento de serviços de referência, o que faz com que o procedimento tenha alto índice de segurança.
A frequência e as características das complicações da cirurgia bariátrica são semelhantes às presentes em outros tipos de cirurgias do trato gastrointestinal em indivíduos com obesidade mórbida. Assim, evidencia-se que esse segmento de pacientes apresenta maior risco de complicações do que outras populações.
No pós-operatório de cirurgia bariátrica, os pacientes devem permanecer em uma unidade de cuidados intermediários ou de terapia intensiva pós-operatória. As complicações imediatas mais graves são a deiscência de anastomose (abertura das costuras feitas) e a embolia pulmonar. Devido às diversas alterações nos pacientes a longo prazo, o acompanhamento dos mesmos é obrigatório.
Outras complicações podem ocorrer em até 10% dos pacientes submetidos a cirurgia bariátrica. A necessidade de reintervenção, ou seja, ter que intervir novamente a cirurgia realizada durante a internação, não é comum. Complicações sistêmicas (que atingem o corpo todo) ocorrem em 3 a 7% dos pacientes.
Calma lá! Depois que você leu todas essas informações, você deve estar se perguntando se deve então desistir de fazer a cirurgia bariátrica devido aos riscos e complicações. E a resposta mais correta para essa pergunta é: tudo depende do seu caso em particular. Conversar com o seu médico, buscar bons profissionais e locais para realização da cirurgia é fundamental no processo, além de, é claro, você estar disposto a se cuidar e realizar tudo que for necessário para contribuir com o sucesso do procedimento! Ficou mais calmo?
Então siga a leitura dos outros artigos do blog para entender melhor sobre a cirurgia bariátrica.