O intestino grosso consiste na porção final do trato gastrointestinal e possui os seguintes segmentos: ceco, cólon ascendente, cólon transverso, cólon sigmoide e reto e finaliza no ânus.
A função do intestino grosso é absorção de água e eletrólitos do bolo fecal. A microbiota do intestino grosso é vasta e contribui para a digestão, formação de vitaminas e até na produção de alguns fatores de coagulação.
O intestino grosso, também denominado cólon, pode ser sede de diversas doenças, como condições inflamatórias, funcionais, obstrutivas e tumorais.
Assim, pode ser necessária a realização de cirurgia do intestino grosso para tratamento de afecções como doença diverticular do cólon, tumores do cólon, obstrução intestinal, apendicite aguda, megacólon, doença de Crohn entre outros.
Entre elas, o câncer colorretal é o terceiro tipo de câncer mais frequente em homens e o segundo em mulheres. A idade consiste em um dos fatores de risco mais significativos. Assim, a incidência da doença aumenta gradativamente após os 50 anos.
A maioria dos pacientes só é diagnosticada após o surgimento dos sintomas, quando o câncer já está em estágio mais avançado. Entre os sintomas estão sangramento nas fezes, fezes fétidas e escuras, dor abdominal, alteração do hábito intestinal e anemia ferropriva.
Entre outras manifestações estão obstrução ou perfuração intestinal com distensão abdominal, náuseas e vômitos.
O diagnóstico é realizado por meio da colonoscopia, visto que esse exame permite identificar a localização do tumor e coletar biópsias. No geral, as lesões do tumor podem ser vistas com um aspecto vegetante, mas também podem ser semelhantes a uma úlcera.
Dependendo do caso do paciente, outros exames complementares podem ser solicitados.
São diversos os tipos de cirurgia do intestino grosso que podem ser realizadas dependendo da condição do paciente.
O câncer colorretal precoce apresenta invasão limitada da camada mucosa ou submucosa, sem levar em consideração metástases linfonodais. O termo “precoce” é usado para designar que ainda há chance de realizar um tratamento curativo, e não é associado ao tempo de aparecimento da doença.
As indicações para tratamento endoscópico dos tumores colorretais superficiais são: adenomas, adenocarcinoma intramucoso e adenocarcinoma invasivo da submucosa.
Já o câncer colorretal avançado consiste naquele que invade além da camada muscular da mucosa. Esse tipo de câncer é dividido de acordo com a classificação de Borrmann:
Após o diagnóstico, o tratamento de escolha dependerá do estadiamento da doença.
A ressecção mucosa por via endoscópica (mucosectomia) pode ser utilizada no tratamento das neoplasias colorretais precoces, sem risco de metástases linfonodais.
Lesões que invadem a camada submucosa ou infiltram linfonodos e vasos sanguíneos devem ser retiradas cirurgicamente com esvaziamento ganglionar.
Na maioria dos casos, as neoplasias colorretais estão localizadas na parede do órgão ou acometem os linfonodos regionais. Nesse caso, a cirurgia do intestino grosso é o único tratamento curativo por meio da retirada completa do tumor, do pedículo vascular e da drenagem linfática do segmento atingido.
Dependendo do caso do paciente, após a cirurgia do intestino grosso, a colostomia é realizada com o objetivo de exteriorizar o cólon na parede abdominal, desviando, dessa forma, o trânsito do bolo fecal. Esse procedimento pode ser temporário, para o tratamento de outra condição, por exemplo, ou definitivo, no caso de condições mais invasivas e graves.
A depender da via de acesso da cirurgia do intestino grosso, o tempo de internação, tempo de recuperação, intensidade da dor pós-operatória, possibilidade de complicações, entre outros fatores, podem variar. No geral, a cirurgia por vídeo reduz todos esses índices e gera maior conforto ao paciente.
Entre as possíveis complicações após a cirurgia do intestino grosso estão hemorragias, infecções, trombose e embolia pulmonar e fístulas.
Na GASTROMED Instituto Zilberstein estas operações são realizadas principalmente por video-cirurgia, conferindo segurança e conforto para o paciente