Os tumores do fígado vêm sendo identificados cada vez mais com os avanços dos exames de imagem.
Os tumores do fígado podem ser benignos ou malignos (câncer). Os tumores benignos, no geral, são indolentes, mas podem causar complicações. Já os tumores malignos possuem um prognóstico ruim, principalmente se identificados em estágio avançado, por isso a importância de rastreá-los em pessoas com fatores de risco.
A realização de um ultrassom abdominal pode identificar e classificar nódulos hepáticos em único ou múltiplos, sólidos e císticos, o que contribui para a investigação e posterior escolha do tratamento para esses tumores do fígado. Além disso, na presença de alterações, outros exames também devem ser solicitados para uma análise mais criteriosa.
Em geral, pacientes que não possuem história de doenças do fígado ou outros tumores, um achado incidental em um exame de rotina, por exemplo, pode indicar cistos, hemangiomas e hiperplasia nodular focal, que são alterações benignas.
Porém, pacientes que já possuem história de doenças crônicas do fígado, a identificação de um nódulo liga um alerta para a investigação de carcinoma hepatocelular.
O carcinoma hepatocelular consiste em um tumor do fígado responsável por cerca de 500 mil mortes por ano, sendo atualmente a quinta causa de morte por tumores sólidos.
Entre os fatores associados à causa do carcinoma hepatocelular estão cirrose hepática, hepatite C, hepatite B, álcool, entre outros.
A cirurgia do fígado, também denominada hepatectomia, é realizada quando se necessita de um tratamento cirúrgico para tumores benignos e malignos (câncer).
Durante a cirurgia, pode-se retirar uma parte do fígado ou todo órgão, que pode estar associado a realização de transplante. O objetivo da cirurgia do fígado é a cura da doença.
As chances de cura dos tumores do fígado por meio das diversas opções de tratamento dependem das condições do paciente, da opção de tratamento escolhida e da experiência do centro em que foi realizada.
A cirurgia do fígado, a hepatectomia, pode ser parcial ou total. A hepatectomia parcial consiste na retirada de parte do fígado. Por isso, só é realizada se o paciente apresenta um bom estado geral e o tumor pode ser removido totalmente.
Porém, a maioria dos cânceres de fígado são diagnosticados quando não podem ser totalmente removidos, ou seja, quando há metástases e/ou o tumor possui tamanho grande.
Pacientes cirróticos só podem realizar cirurgia do fígado se o tumor for pequeno e for possível manter uma área de tecido hepático funcional.
Quando o câncer de fígado não pode ser totalmente extraído, pode-se indicar a realização de transplante hepático. Porém, o tumor deve ser pequeno e não ter atingido a corrente sanguínea, ou seja, estar em estágio inicial.
A realização de transplante hepático é delicada, visto que o órgão provém de doação e possui risco de rejeição, além de possíveis complicações do procedimento.
A hepatectomia consiste em um procedimento seguro, porém, possui alto risco de sangramento visto que o fígado é um órgão muito vascularizado.
O pós-operatório da hepatectomia geralmente transcorre bem. Quando feita por vídeo, é menos invasiva, por isso gera menor tempo de recuperação e diminui as chances de hemorragia.
Entre os possíveis efeitos após a cirurgia do fígado estão hemorragia, infecções, coágulos sanguíneos e pneumonia.
Grande parte dos pacientes já se alimenta por via oral um dia após a cirurgia. Todas as recomendações médicas devem ser seguidas para que a recuperação seja segura e no menor tempo possível.
Na GASTROMED Instituto Zilberstein estas operações são realizadas principalmente por video-cirurgia, conferindo segurança e conforto para o paciente