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Uma preocupação comum de todos que passam por um longo e difícil processo de emagrecimento é justamente voltar a ganhar peso.

Isso não é impossível e existem sim situações que podem fazer com que o paciente ganhe peso novamente. Mas algumas técnicas tornam difícil o paciente voltar ao exato peso em que estava antes. É o caso da cirurgia bariátrica.

A cirurgia bariátrica funciona através da redução de uma parte do estômago. Assim, a capacidade do corpo de receber e armazenar alimento fica reduzida, estimulando o processo de emagrecimento.

Como o estômago foi literalmente reduzido, é muito pouco provável que o paciente retorno ao peso em que estava quando fez a cirurgia pelo simples fato de que o estômago é incapaz de receber o mesmo montante de alimento que sustentava o peso anterior.

No entanto, apesar desse benefício, é preciso reforçar que a cirurgia bariátrica é reservada apenas aos casos mais graves de obesidade.

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Uma das grandes dúvidas relacionadas aos procedimentos restritivos, como o balão intragástrico, é sobre a absorção de nutrientes após o procedimento. Existem muitos relatos de que a absorção fica prejudicada, e que isso exige atenção especial.

A resposta para essa dúvida é: sim, isso é verdade. É preciso apontar que a própria condição de obesidade muitas vezes já é acompanhada por um quadro de deficiência nutricional, já que muitos pacientes atingem essa condição devido ao consumo em grande escala de alimentos com baixa qualidade nutricional e altamente calóricos.

Entretanto, por definição, após a inserção do balão a absorção acaba de fato prejudicada. Tanto porque com o paciente consumindo menos alimentos necessariamente ele também está consumindo menos nutrientes, quanto porque alteração das áreas de absorção dos nutrientes e a mudança no tempo de trânsito gastrointestinal também pode resultar em má absorção de vários micronutrientes.

Um exemplo já relatado por alguns médicos é que, após a inserção do balão, com uma maior dificuldade inicial para consumir alimentos sólidos, muitos pacientes fogem da dieta e acabam consumindo alimentos pastosos ou de densidade menor, mas muito mais calóricos, como sorvete. Esse tipo de alimento não só tem uma baixa qualidade nutricional como é altamente calórico, prejudicando bastante o resultado final do procedimento.

Por isso, no caso da deficiência na absorção de nutrientes, uma suplementação nutricional simples já ajuda a reequilibrar a saúde do paciente.

Mas, após realizar a inserção do balão, é essencial também realizar um acompanhamento nutricional e psicológico para mudar a relação do paciente com a comida e garantir que o resultado projetado seja atingido sem maiores problemas. Sabemos que nem sempre é fácil, mas a luta contra a obesidade sempre exige um pouco de paciência e disciplina.

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O plasma de argônio pode ter um nome difícil, mas seus benefícios são muito desejados, principalmente para quem está na luta pela perda de peso ou controle de peso após a realização da cirurgia bariátrica.

O corpo humano tem a capacidade de se adaptar mesmo às situações mais adversas. Isso eventualmente inclui se adaptar aos procedimentos restritivos de perda de peso, como a já mencionada cirurgia bariátrica. Uma dessas maneiras, por exemplo, é através da dilatação da passagem do pequeno estômago com a alça intestinal, chamada de anastomose, na cirurgia de “By-pass” 

 

O plasma de argônio corrige esse problema de maneira simples: ele cauteriza de forma controlada a anastomose, estreitando-a novamente. Dessa forma, o efeito restritivo do procedimento original é recuperado, e o paciente pode voltar a perder peso.

Adicionalmente, o uso do plasma de argônio não exige outro procedimento excessivamente invasivo ou o uso de incisões. Sua aplicação é realizada através de via endoscópica, ou seja, utilizando os orifícios naturais do corpo. Isso facilita a recuperação do paciente e a retomada do processo de perda de peso.

 

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A GASTROMED – INSTITUTO ZILBERSTEIN continua sua série sobre os mitos e verdade envolvendo o balão intragástrico. E no post de hoje:

4º: MITO - O paciente é sedado e um pequeno corte é feito no abdômen para a colocação do balão intragástrico.

O balão é inserido no paciente por via endoscópica, utilizando o orifício natural da boca para fazer o caminho até o estômago. É mais uma vantagem em relação à bariátrica: não exige nenhum tipo de incisão, facilitando o procedimento em si e a recuperação do paciente.

Ao chegar no estômago, o balão será inflado com um tipo de soro fisiológico especificamente desenvolvido para esse fim. Ao ser inflado, o balão irá causar o efeito restritivo que irá diminuir a capacidade do estômago de receber e armazenar comida, provocando o emagrecimento do paciente.

Uma de suas maiores vantagens é que é um raro caso de procedimento temporário e reversível. O objetivo do balão é, na maior parte dos casos, auxiliar o paciente no processo de perda de peso que já realiza tratamentos conservadores, ou seja, de reeducação alimentar e física, além de acompanhamentos nutricional e psicológico. 

Ali, o balão irá permanecer até que a meta de emagrecimento tenha sido atingida. Então, ele será desinflado através do mesmo processo e retirado do paciente. Essa meta é variável, dependendo exclusivamente da avaliação médica, mas normalmente esperam-se seis meses para que ele seja retirado. Quando as metas de peso e saúde estabelecidas pelo médico são atingidas, o balão é retirado.

Uma dúvida comum está relacionada ao potencial perigo de o balão estourar no estômago. Isso não é possível. O balão é feito de um tipo de silicone pensado justamente para resistir ao ambiente hostil de materiais ácidos que existem no estômago. Ele é completamente seguro e, como dito, só será retirado através de decisão médica.

Portanto, os pacientes não precisam se preocupar: a balão intragástrico é uma técnica reversível que não usa cortes e incisões, e é completamente segura.

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Como todo procedimento médico, a cirurgia no obeso traz consigo uma série de riscos. Entretanto, deve-se ressaltar que a relação entre o risco e o benefício é sempre levada em conta no momento de se indicar o tratamento. O obeso mórbido, como o próprio nome já diz, apresenta algumas doenças em percentual maior que a população normal, e deve ser conduzido com extremo cuidado durante todas as etapas do pré, intra e pós operatório. Porém, deve-se enfatizar que as perspectivas sem a redução do peso são por demais sombrias reduzindo sua qualidade de vida e sua expectativa de vida.

 

Comparando-se as taxas de morbidade (possibilidade de complicações) e mortalidade do tratamento cirúrgico, com a morbi-mortalidade do não tratamento de pacientes com obesidade mórbida, a cirurgia apresenta vantagens óbvias. Só para ilustrar, a taxa de mortalidade do grupo de pacientes que aguardam o momento de serem operados na fila do serviço de Cirurgia para Obesidade do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo é de 2,7% vezes maior que a mortalidade da cirurgia que é de 0,3%. Mesmo quando se compara esse grupo de não-operados com a cirurgia aberta, a taxa de mortalidade do grupo não operado é quase duas vezes maior.

 

Uma outra avaliação científica realizada na Suécia comparando 2.000 indivíduos que foram divididos em dois grupos através de sorteio (estudo randomizado), mostrou que, após seis anos de análise, apenas três pacientes do grupo submetido a cirurgia gástrica restritiva aberta haviam morrido, contra 27 do grupo submetido a tratamento dietético, o que revela uma mortalidade nove vezes maior do tratamento conservador.

 

Quanto à Cirurgia da Banda Gástrica Laparoscópica especificamente, alguns problemas podem ocorrer, embora, de modo geral, os procedimentos laparoscópicos tragam grandes benefícios quanto à diminuição dos riscos. É importante frisar que a cirurgia visa estabelecer um padrão alimentar que permita uma ingestão pequena de alimentos sólidos, promovendo a sensação de saciedade precoce. A capacidade para ingerir líquidos e líquidos-pastosos permanece quase inalterada. Portanto, se não houver colaboração do paciente no sentido de evitar alimentos de alto teor calórico, a perda ponderal será bem pequena. Portanto, não se pode esperar que a cirurgia “milagrosamente” venha transformar pessoas extremamente obesas sem a devida cooperação.

 

Um dos problemas que pode acontecer, embora com incidência muito baixa, é a infecção no local de implantação do portal de injeção, que, apesar de não proporcionar risco de morte, faz com que este tenha de ser removido temporariamente, para depois ser substituído por outro. Apesar de rara, a infecção também pode acontecer na faixa colocada ao redor do estômago e ainda dentro do abdome, necessitando a remoção de todo o sistema. A taxa de infecção média gira em torno de 0,5% e pode ser minimizada com cuidados rigorosos de assepsia durante o ajuste da banda.

 

Outro problema que pode acontecer é a migração da banda para porções mais inferiores ou superiores do estômago; o risco deste evento, que também está em torno dos 0,5%, ocorre quando os pontos que fixam a faixa no estômago se rompem, e freqüentemente são causados pela insistência dos pacientes em fazer uma alimentação forçada, pela introdução muito precoce de grandes quantidades de alimentos ou quando a banda é super-insuflada.

 

Apesar de possuir altos padrões de qualidade, inclusive com a certificação de qualidade ISO 9000 e de ser testada antes de ser implantada na cirurgia, existe a possibilidade de, com o tempo, ocorrerem vazamentos no balão ou no tubo de conexão da banda, o que implica na dificuldade em se obter uma perda de peso satisfatória, e que necessita a substituição da banda gástrica ou de parte do dispositivo. Esta possibilidade também é remota – acontecendo em menos de 1% dos casos.

 

Outras complicações pulmonares e cardíacas, podem ocorrer, principalmente naqueles pacientes com muitos fatores de risco, contabilizando um risco total de complicações entre 3% e 5% e uma mortalidade global inferior a 0,1%. A taxa média de indivíduos que necessitarão de uma re-operação é de ± 2%, sendo causadas pelas complicações acima descritas.

 

Os pacientes com obesidade mórbida freqüentemente apresentam variações anatômicas importantes, como grande aumento no tamanho do fígado, grande quantidade de gordura ao redor do estômago, aderências intra-abdominais, etc. Estes fatores podem, em alguns casos, tornar a cirurgia impossível de ser realizada pelo método laparoscópico, necessitando que o procedimento seja suspenso ou então convertido à cirurgia aberta, totalizando um risco de ± 2%. Esta situação pode acontecer em qualquer procedimento videolaparoscópico e é chamada de taxa de conversão, não sendo caracterizada exatamente com uma complicação. Nestes casos, o procedimento é feito da mesma maneira, só que com o abdome aberto.

 

Vale frisar que a banda gástrica vem sendo utilizada na Europa desde 1984 através de cirurgia aberta e há cerca de cinco anos com videolaparoscopia, acumulando uma experiência de milhares de casos. De acordo com os dados de investigação científica, este é o procedimento cirúrgico que apresenta as menores taxas de complicações, com uma perda de peso superponível às boas técnicas de cirúrgicas abertas.

A cirurgia revisional é uma alternativa para quando a cirurgia bariátrica, não surte os efeitos projetados. É uma cirurgia reservada apenas aos casos estritamente necessários, mas existem diversos motivos pelos quais isso pode acontecer. Selecionamos e explicamos alguns dos principais para você. Confira:

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Após a colocação da banda, observa-se progressiva perda de peso que vai até cerca de dois anos após a cirurgia, quando o peso tende a se estabilizar.

 

A perda média total é de ± 70 % do excesso de peso, embora sejam freqüentes relatos de perda de 90% a 100%. Nos seis primeiros meses, a perda costuma alcançar ± 40%, com o restante sendo perdido em até dois anos, podendo diminuir um pouco mais até o quarto ano após o procedimento.

 

Em estudos realizados na Suécia e na Áustria, a média de peso pré-operatório, que era de 134 kg (variando de 106 kg a 181 kg) caiu para 80 kg em dois anos, com perda média de 54 kg. Obviamente, a colaboração do doente, ingerindo alimentos de baixo teor calórico e introduzindo a prática do exercício físico, irão aumentar a quantidade de peso perdido, bem como acelerar ainda mais o tempo de retorno à faixa de peso normal. Por outro lado, se não houver um comprometimento do doente no sentido de seguir as orientações médicas, a perda ponderal pode ser bastante comprometida.

 

Outro aspecto extremamente importante é que a velocidade de perda de peso deve ser controlada para se evitar a sensação de mal estar. Esta mesma perda de peso se evidencia nas operações de Fobi-Capela e Scopinaro.

Muito pouco se encontra na literatura sobre um acompanhamento nutricional objetivando uma nutrição celular adequada. A maior parte das bibliografias se referem, ao indicar a alimentação dos pacientes operados, à consistência das dietas, à necessidade de mastigação exaustiva para o sucesso das cirurgias e à quantidade calórica e de gordura da dieta. Indiscutível que esses fatores são muito importantes, porém, para que se proporcione uma perda de peso efetiva e estável, ao mesmo tempo que se promova uma qualidade de vida gerando um bem estar físico, mental e emocional, é determinante se lembrar da individualidade bioquímica, da qualidade nutricional da alimentação e das suplementações nutricionais. Também é necessário ainda o cuidado para que estes nutrientes, tanto da alimentação quanto da suplementação estejam biodisponíveis, isto é, sejam efetivamente utilizados pelas células, e não que apenas sejam ingeridos, havendo o risco de trocar os problemas que existem com o sobrepeso com os riscos de desnutrição.

 

Acompanhamento nutricional pré-cirúrgico:

 

Só o profissional nutricionista tem embasamento para fazer o acompanhamento nutricional que deve se iniciar antes da cirurgia pois, um indivíduo que se submete à uma cirurgia bariátrica, seja ela qual for, já vem de uma serie de tentativas frustradas para emagrecer, submetendo-se a todos os tipos de desequilíbrios nutricionais, e na maior parte das vezes, enxerga na cirurgia o milagre procurado a vida inteira, achando que depois da operação não precisará mais de preocupar em fazer dieta. É determinante o acompanhamento nutricional para detectar erros alimentares existentes, carências nutricionais, interrelacionar os mesmos com os sintomas apresentados pelo paciente e esclarecer o papel do hábito alimentar adequado e dos nutrientes na saúde física, mental e emocional e também na prevenção das doenças e não simplesmente o “alimento como o que engorda ou emagrece”.

 

A própria cirurgia gera um estresse tanto físico, quanto emocional, levando à carências mais acentuada dos nutrientes que precisam gerenciar estes desgastes. Somando-se a estes fatores, a alimentação que se segue à cirurgia deve ser liquida e em pequenas quantidades, dificilmente atingindo até mesmo o metabolismo basal. Daí a necessidade em suplementar nutricionalmente, pois só com a alimentação fica inviável atingir um mínimo necessário dos nutrientes essenciais para manter as funções orgânicas.

 

O ideal é que a suplementação se inicie antes do processo cirúrgico, visando:

 

 

Orientação alimentar pós cirúrgica:

 

Normalmente, nos dois primeiros dias, o paciente segue a rotina hospitalar com ingestão de líquidos como água, chás, água de côco ou sucos diluídos sem sacarose.

 

Seja qual for a técnica utilizada na cirurgia, a consistência da alimentação, que se segue à operação, deverá ser líquida, objetivando o não rompimento das suturas que levarão tempos variáveis para a cicatrização. A mudança gradual da consistência da alimentação também têm como objetivo “treinar” o paciente na mastigação e nas suas escolhas, ajudando-o a adaptar-se a um novo hábito alimentar, e não apenas fazer mais uma “dieta”. Este primeiro mês de alimentação mais líquida e cremosa também auxilia numa desintoxicação do organismo. Apesar de existir uma rotina alimentar pós-operatória, a mesma será sempre determinada pela individualidade bioquímica e social do paciente, adaptando o ideal à realidade para que as orientação sejam realmente seguidas. Às vezes, a mudança de consistência da alimentação tem que ser revista.

 

O ideal é que o paciente seja acompanhado mensalmente nos primeiros 6 meses, para depois, em conjunto com o mesmo estabelecer a freqüência do acompanhamento.

 

Consistência da alimentação:

 

 

Considerações gerais sobre a orientação alimentar:

 

No café da manhã, lanches (manhã e tarde), usar sucos de frutos naturais (ou polpa congelada), vitaminas utilizando só frutas ou acrescentar legumes e verduras cruas. Nos intervalos das refeições (que varia dependendo da etapa do pós-operatório), hidratar-se muito bem (inclusive para se evitar formação de pedras nos rins), utilizando-se de água, água de côco, sucos diluídos e chás (ervas, flores e frutas). Evitar a utilização de produtos com alta quantidade de químicos como sucos de pacotinhos, isotônicos industrializado, gelatinas prontas, temperos prontos etc… É importante lembrar que o consumo de alimentos é extremamente limitado, portanto o pouco de “matéria-prima” que oferecemos deve ser de primeira qualidade.

 

No almoço e jantar utilizar um pouco dos alimentos de cada grupo, deixando a consistência adequada à cada etapa.

 

No primeiro mês de alimentação pós-cirurgica não há ingestão adequada de fibras, sendo determinante a suplementação de fibras solúveis, (por ex. goma guar) para manter a integridade funcional da parede gastrintestinal. Estas fibras não alteram nem a consistência nem o sabor dos alimentos, sendo de fácil aceitação pelo paciente. Além de evitar a atrofia do íleo e do cólon, as fibras solúveis também ajudam a retardar o esvaziamento gástrico, auxiliando na manutenção da glicemia.

 

Composição da suplementação:

 

Além dos pró e prébioticos e das fibras solúveis já comentamos, a alimentação e suplementação do paciente deve sempre manter os macros e micronutrientes em equilíbrio para manutenção das funções físicas, mentais e emocionais. Deve-se lembrar sempre que os nutrientes são a fonte natural de formação das moléculas que constituem e mantém o funcionamento adequado do nosso organismo. É muito comum pacientes pós cirúrgicos desenvolverem depressão ou mesmo, ter exacerbada uma ansiedade que não deixa ele “pensar” na hora de se alimentar, levando a constantes vômitos e diarréias, pois como já foi visto a mastigação adequada é determinante. Na maior parte dos casos estas alterações emocionais são funcionais isto é, ou há carências dos nutrientes que formam os neurotransmissores e neuromoduladores, ou não há energia suficiente para manter glicose regular para o sistema nervoso central, ou mesmo carência de lipídeos responsáveis pela condução dos impulsos nervosos, modulando a atividade neuronal. Portanto, cuidado nutricionalmente para se evitar o estresse fisiológico, existe uma alta possibilidade de se lidar melhor com o estresse emocional.

 

É importante considerar todo o estresse já comentado e o próprio emagrecimento que, juntamente com mobilização das gorduras, aumenta a liberação de metais tóxicos e geração de radicais livres. É fundamental a suplementação de nutrientes antioxidantes como Zn, Se, Mn, Cu, Vit. C, Alfatocoferol, Betacaroteno; Estes nutrientes também tem ação primordial em ativar o sistema imunológico.

 

É determinante a presença regular dos nutrientes precursores de neurotransmissores como Mg e Vit. B6, principalmente, assim como as vitaminas do complexo B como um todo. A vit. B3, por exemplo, preserva o triptofano para a formação da serotonina.

 

O cromo é essencial para o metabolismo das gorduras e dos carboidratos. Pacientes obesos apresentam freqüentemente uma resistência celular à insulina. A presença dos nutrientes que regulam estes processos como vanádio, cromo e fibras podem reduzir essa resistência, favorecendo uma produção adequada de energia, corrigindo as disglicemias e evitando a Síndrome X (Síndrome Plurimetabólica). A própria glicina usada no preparo dos quelatos, a taurina e o molibdênio são nutrientes essenciais para melhorar a eliminação de toxinas do organismo.

 

As vitaminas e minerais interagem o tempo todo. A suplementação mais adequada é aquela que leva todos esses fatores em consideração e seja a mais completa possível, de preferência um complexo de vitaminas e minerais, adequando as quantidades e promovendo uma sinergia entre estes nutrientes, e dos mesmos com os macronutrientes. É importante lembrar que a forma mais adequada de absorção dos minerais é na forma quelada pois aumenta a chance de absorção do mineral pois ele acaba sendo absorvido nas mesmas condições dos dipeptídeos, driblando os problemas gerados , por exemplo, pelas cirurgias desabsortivas e pela competição dos nutrientes com as drogas ingeridas em grande quantidade por esses pacientes, incluindo aquelas drogas que neutralizam o meio ácido do estômago.

 

Qual a melhor forma de suplementação?

 

Além de se preocupar com a quantidade da suplementação, precisa existir uma adequação para que o suplemento consiga ser ingerido, podendo estar na forma líquida, em pó para ser diluída ou em cápsulas bem pequenas para passar pelo estômago.

 

Provavelmente a suplementação vai ser mantida até o paciente atingir o seu melhor estado de saúde física, mental e emocional, sendo este tempo variável e determinado pela individualidade. Os pacientes que fizeram as cirurgias desabsortivas provavelmente vão sempre precisar de determinadas suplementações, principalmente dos nutrientes cuja absorção foram comprometidas na cirurgia.

A vida sedentária e a falta de atividade física têm sido implicadas como os grandes vilões da obesidade, e a introdução do exercício físico e do esporte são considerados como o divisor de águas na vida do obeso, sendo extremamente importante que não apenas os hábitos alimentares sejam modificados, mas que a introdução do exercício físico seja mais um dos passos em direção a uma nova postura em relação à sua saúde e seu estilo de vida.

 

À medida que se perde peso devido a uma dieta hipocalórica, um mecanismo orgânico compensatório é ativado para que, automaticamente, o gasto de energia diminua. O gasto energético passa a ser aproximadamente 15% menor que o esperado para o peso atingido, e visa estabelecer uma poupança no consumo de nutrientes, fazendo com que o indivíduo tenda a retornar ao peso anterior. É por essa razão que a maioria das medidas usualmente adotadas para a perda de peso não apresentam bons resultados a longo prazo, e a pessoa volta ao peso original. A introdução do exercício físico tem a capacidade de agir de duas maneiras que levam à perda de peso.

 

Em primeiro lugar, o gasto metabólico em repouso é modificado, driblando o efeito compensatório de reganho de peso; em segundo lugar, está a própria ação de gasto energético que a atividade física impõe. As atividades devem ser iniciadas e aumentadas paulatinamente a partir do 15º dia pós-operatório. À medida que o peso vai se normalizando, a prática da atividade física vai se tornando mais fácil e mais prazerosa.

Uma vez que o indivíduo tenha alcançado e se estabilizado no peso adequado, caso seja necessário, este poderá ser submetido a cirurgias plásticas para retirada do excesso de pele e tecido subcutâneo – dermolipectomias, lipoaspiração, etc. A necessidade e a indicação da cirurgia plástica irá depender de fatores individuais como elasticidade da pele, idade, distribuição de gordura, atividade física, fatores de risco, análise de custos, etc. e irá depender de uma avaliação do cirurgião plástico.

 

A missão da GASTROMED –INSTITUTO ZILBERSTEIN é sempre cuidar do bem-estardos seus pacientes. Por isso, disponibilizamos para nossos pacientes o nosso próprio centro cirúrgico, que é um recurso oferecido em pouquíssimos lugares da cidade de São Paulo. É uma exclusividade que garante ao paciente conforto, segurança e praticidadena hora de realizar procedimentos cirúrgicos!

A obesidade, em última análise, representa fator de risco maior, seja risco para aparecimento de outras doenças, seja risco de morte propriamente dita. Estudos demonstram que,proporcionalmente ao aumento do peso, também ocorre aumento dos níveis de gordura no sangue (colesterol e triglicérides), de glicemia (diabete) e elevação da pressão sanguínea.

 

Existem diversas doenças que têm freqüência muito aumentada nos obesos. Estas doenças (comorbidade) são as principais responsáveis pelo aumento das taxas de mortalidade, da diminuição da expectativa e da qualidade de vida e são o motivo principal da necessidade do controle do peso. Doenças como diabetes, hipertensão arterial, hiperlipidemia, coronariopatias como angina e infarto, doenças articulares, apnéia do sono, insuficiência respiratória e cardíaca, além de diversas formas de câncer, têm elevada prevalência entre os obesos e o controle dessas doenças necessariamente envolve a perda do excesso de peso.

 

Com relação à mortalidade associada a obesidade, um estudo com 12 anos de seguimento que envolveu 336.442 homens e 419.060 mulheres, encontrou taxas de mortalidade aumentada em duas vezes para homens e mulheres que estavam 50% acima do peso ideal. A obesidade é um fator de risco para mortalidade e especialmente os jovens obesos tendem a morrer antes daqueles que se enquadram na média do peso ideal. A conferência de consenso de 1985 do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos delineou uma lista de comorbidades associadas à obesidade que inclui hipertensão, cardiomiopatia hipertrófica, hiperlipidemia, diabetes, colelitíase, apnéia do sono, hipoventilação, artrite degenerativa e desajustes psico-sociais.

 

Duas complicações da obesidade que podem levar a risco de morte são a coronariopatia e o diabetes. Com relação à coronariopatia, o “Estudo da Saúde das Enfermeiras”, que foi um grande estudo prospectivo, envolvendo 115.886 mulheres aparentemente sadias, demonstrou que o ganho de peso após os 18 anos em mulheres é importante fator preditivo de risco para doença cardiovascular. Forte associação entre o IMC e doença cardiovascular ocorreu na comparação de mulheres que tinham um IMC entre 25 e 29 e apresentaram risco para Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) de 1,8 com mulheres com um IMC> 29, as quais apresentaram risco para IAM de 3,3.

 

A associação entre a média de peso de grupos populacionais e a prevalência de diabetes tipo II é descrito em diversos artigos. O risco de desenvolver diabetes é aumentado em duas vezes nos medianamente obesos, cinco vezes nos moderadamente obesos e 10 vezes naqueles com obesidade mórbida. A duração da obesidade também é fator determinante para o aparecimento da diabetes.

 

As taxas de mortalidade por câncer estão aumentadas em mulheres obesas nos tumores malignos de endométrio (5,4vz), vesícula (3,6vz), colo uterino (2,4vz), ovário (1,6vz) e mama (1,5vz). Em homens obesos estão aumentados os tumores malignos colo-retais (1,7vz) e de próstata (1,3vz). Já com relação aos aspectos psico-sociais da obesidade, numerosos relatos dão conta da estigmatização e discriminação a que os obesos são submetidos em todos os locais.

A cirurgia bariátrica provoca uma mudança súbita e intensa no corpo, de tal forma que, mesmo após ser realizada, o paciente ainda precisa de acompanhamento nutricional e psicológico para se acostumar à nova forma. Por esses motivos, a bariátrica é reservada apenas aos casos mais extremos de obesidade.

Isso significa que devemos esperar chegar a esse ponto para buscar alternativas? 

De forma alguma. Existem hoje muitas alternativas excelentes para conter o processo de ganho de peso antes que ele atinja proporções perigosas. Uma delas é a gastroplastia endoscópica.

Nesse procedimento, realiza-se uma sutura no estômago que reduz a capacidade do órgão de receber alimentos, fazendo com que o paciente se sinta saciado com mais facilidade ao se alimentar.

É um procedimento restritivo simples e bastante seguro, já que, como dito, é feito através de uma endoscopia. Ou seja, ao contrário de procedimentos como a cirurgia bariátrica, um procedimento que é invasivo por utilizar incisões, a gastroplastia endoscópica é feita utilizando os orifícios naturais do corpo, diminuindo muito o risco de complicações e facilitando a recuperação.

É uma maneira de controlar a doença antes que ela se torne mais problemática, ou seja, preservando a saúde do paciente. Esse procedimento também é bastante útil quando se trata do auxílio no tratamento em caso de reganho de peso após o “bypass” gástrico e a gastrectomia vertical.

É preciso frisar um detalhe importante sobre a gastroplastia: A técnica não é reversível. Trata-se de um procedimento permanente. 

Mas o paciente deve ficar atento. É preciso reforçar que, embora seja um procedimento eficiente, isso não significa que ele não precisará se esforçar: como em qualquer outro processo de emagrecimento, o acompanhamento de outros profissionais, como nutricionistas, psicólogos e educadores físicos, se faz necessário para garantir um emagrecimento duradouro.

Quer saber mais sobre obesidade e a gastroplastia endoscópica? Entre em contato com a GASTROMED – INSTITUTO ZILBERSTEIN e agende sua consulta.

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