A doença diverticular consiste na presença de protrusões na mucosa e submucosa do cólon em áreas de menor resistência com a formação de pseudodivertículos. Está presente entre 33 e 66% da população, aumentando a prevalência com idades mais avançadas.
A maioria dos pacientes com doença diverticular não apresentam sintomas. Porém, os que possuem apresentam dor e desconforto abdominal. Até 5% dos pacientes com doença diverticular desenvolvem diverticulite, que consiste na inflamação dos pseudodivertículos, que gera intensa dor no quadrante inferior esquerdo do abdome.
Na presença de abscesso, macro perfurações, estenoses, fístulas, sangramentos, obstruções, entre outros, diz-se que a diverticulite está complicada, o que é uma condição grave.
A doença diverticular está associada a uma alimentação com baixo consumo de fibras, alto teor de gordura, açúcar e carne vermelha. Alguns dos fatores associados a possíveis complicações são obesidade, sedentarismo, tabagismo, uso de corticosteroide e uso de ácido acetilsalicílico.
Como já citado anteriormente, a maioria dos pacientes com doença diverticular não possuem sintomas. Mas os que apresentam podem manifestar sintomas como:
Já os pacientes que estiverem apresentando diverticulite aguda podem desenvolver:
Caso o paciente apresente diverticulite, esta deve ser manejada corretamente para posterior abordagem da doença diverticular e prevenção de novos episódios de inflamação.
Assim, o manejo da doença diverticular se dá por meio dos seguintes aspectos abordados abaixo.
No geral, os pacientes são orientados quanto a uma dieta rica em fibras e ingestão adequada de água.
Alguns estudos sugerem o uso de antibióticos mesmo após a resolução da diverticulite como forma de evitar a disbiose. O uso cíclico da rifaximina (ainda não disponível
no Brasil), associado à dieta rica em fibras, demonstrou melhores resultados do que a dieta isoladamente.
A mesalazina consiste em um aminossalicilatos que atua na redução da formação de radicais livres e suprime a síntese de leucotrienos, prostaglandinas e citocinas inflamatórias, além de inibir a adesão leucocitária, diminuindo a inflamação crônica da parede intestinal.
Os probióticos consistem em microrganismos vivos que podem melhorar a saúde da microbiota intestinal, como a capacidade de defesa e a proliferação de bactérias não patogênicas.
Prebióticos são carboidratos não digeríveis que favorecem o crescimento de bactérias não patogênicas intestinais. Já os simbióticos são combinações tanto de pré quanto de probióticos.
A cirurgia eletiva é considerada em pacientes com prejuízo da qualidade de vida, que geralmente apresentam alguma das seguintes complicações: estenose, fístula ou sangramento diverticular recorrente.
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