Dispepsia consiste em um conjunto de sintomas do trato gastrointestinal superior causados por diversos fatores.
No geral, os pacientes geralmente relatam os sintomas de dispepsia como “gastrite” ou “má digestão”. Entre essas manifestações estão:
Em torno de 25 a 30% da população mundial possui sintomas de gastrite (dispepsia) e os sintomas dessa condição são responsáveis por 7% das consultas com o clínico geral. Nos consultórios especializados em gastroenterologia, a dispepsia chega a ser responsável por quase 50% dos atendimentos.
A gastrite (dispepsia) pode ser causada tanto por alterações orgânicas, como funcionais. Em metade dos pacientes com sintomas de dispepsia não se encontram causas orgânicas que justifiquem as manifestações clínicas. Nesses casos, a dispepsia é dita como funcional.
Entre as causas orgânicas para gastrite (dispepsia) estão: úlcera péptica, doença do refluxo gastroesofágico (DRGE), neoplasias, doenças biliopancreáticas, intolerância alimentar, medicamentos e outros processos inflamatórios ou infecciosos do trato digestivo superior. A úlcera péptica e a DRGE são as duas etiologias mais frequentes.
Estima-se que 11 a 24% da população possua dispepsia funcional, sendo mais prevalente em mulheres, tabagistas, usuários de ácido acetilsalicílico e naqueles com história prévia de gastroenterite aguda.
A dispepsia é definida segundo o Consenso Roma III como a presença de plenitude pós-prandial e/ou sensação de saciedade precoce e/ou dor epigástrica e/ou queimação epigástrica nos últimos 3 meses, sendo que os sintomas têm de ter iniciado há no mínimo 6 meses e nenhuma causa orgânica, sistêmica ou metabólica possa justificá-los.
Traduzindo: a gastrite (dispepsia) é definida como funcional, ou seja, quando não possui uma doença como causa, quando o paciente apresenta um, dois ou três desses sintomas nos últimos 3 meses:
Se o paciente apresentar essa condição, esses sintomas devem ter iniciado há pelo menos 6 meses. Associado a isso, nenhuma doença pode ter sido identificada como causa dos sintomas para que a dispepsia seja considerada como funcional.
É importante ressaltar que, caso alguma doença orgânica tenha sido identificada como a causa dos sintomas, esta deve ser tratada especificamente.
No geral, o tratamento da gastrite (dispepsia) envolve dieta, mudanças comportamentais, acompanhamento psicológico e uso de medicamentos.
Pacientes com gastrite (dispepsia) devem adaptar sua alimentação com o objetivo de evitar o surgimento dos sintomas. Deve-se evitar refeições gordurosas, realizar o fracionamento da dieta com refeições mais frequentes e menores e retirar do cardápio alimentos específicos que provocam sintomas.
Os consensos médicos indicam testar e tratar H. pylori como conduta inicial em pacientes com dispepsia funcional com menos 55 anos, sem sinais de alarme e se a prevalência de infecção for maior do que 10% na população.
Os medicamentos utilizados para supressão ácida na gastrite (dispepsia) são antiácidos, bloqueadores H2 e IBP (inibidores da bomba de prótons).
No Brasil, procinéticos como meto-clomipramina, domperidona e bromoprida são muito utilizados, principalmente por pacientes com gastrite (dispepsia) com sintomas de desconforto após as refeições.
Estudos demonstraram benefícios do uso de antidepressivos em doses baixas para o tratamento da dispepsia funcional.
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